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Colateral Lateral (LCL)

A lesão do ligamento colateral lateral acontece geralmente em esportes de luta, e muitos atletas da nossa consultoria online já tiveram essa lesão. Dentre os 4 ligamentos principais do joelho, o colateral lateral é o menos importante do ponto de vista da estabilidade.

O bíceps femoral, a faixa iliotibial e, talvez, até o músculo poplíteo, proporcionam maior efeito estabilizador do que o ligamento colateral lateral.

Lesões que realmente comprometem a estabilidade do joelho com frequência envolvem todas essas estruturas e mais o nervo peroneal, e são, portanto, muito sérias, com potencial para incapacitar permanentemente.

 

Mecanismo da lesão do ligamento colateral lateral

A maioria das lesões isoladas do ligamento colateral lateral resultam de um golpe direto na região mediai do joelho. Isso raramente acontece na maioria dos esportes porque o aspecto mediai do joelho está protegido pela outra perna. Em luta livre, contudo, o oponente se coloca entre as pernas do atleta e, assim, é capaz de aplicar o golpe necessário à superfície mediai do joelho.

Como regra, lesões isoladas do ligamento colateral lateral se dão com o joelho parcialmente flexionado; se o joelho estivesse totalmente estendido, uma força aplicada medialmente também lesionaria as outras estruturas de apoio.

Lesões do ligamento colateral lateral decorrem, às vezes, de uma força transmitida, como um movimento brusco em varo (adução) do joelho, resultante de pisar num buraco ou cair desequilibradamente de um salto com no cabeceio do futebol.

 

Sintomas lesão do ligamento colateral lateral

O atleta em geral sente ou ouve um estalo. A lesão é acompanhada por dor lateral, inicialmente intensa.

A dor pode durar ou desaparecer temporariamente. Pode haver uma instabilidade sutil e pouco impressionante para o atleta. O inchaço não costuma ser imediato, nem impressionante.

 

Diagnostico lesão do ligamento colateral lateral

Inchaço e sensibilidade são bem localizados sobre o ligamento. Ocasionalmente, a sensibilidade aparece na região da cabeça da fíbula – possível indicação de fratura com separação.

A parte mais importante do exame físico é determinar a integridade do ligamento, o que pode ser feito diretamente, por palpação. O paciente deita-se em posição supina, flexiona o joelho em 90° e coloca o aspecto lateral do tornozelo na superfície da tíbia contralateral.

Nessa posição, o ligamento pode ser palpado como uma estrutura discreta, em formato de lápis, situada entre o côndilo femoral e a cabeça da fíbula. Se o ligamento não for palpável nessa posição, deve-se entender que ele está rompido.

Com evidências de distensão de Grau III ou sensibilidade bem localizada sobre a cabeça da fíbula, as radiografias devem ser obtidas nos planos ântero-poste- rior e lateral.

A cabeça da fíbula deve ser cuidadosamente examinada, em busca de qualquer evidência de fratura com separação.

 

Tratamento inicial

Assim como o tratamento para qualquer lesão aguda nos tecidos moles, o tratamento inicial inclui aplicação de gelo, compressão focalizada e repouso com um imobilizador de joelho. Muletas podem ser necessárias para uma locomoção confortável.

 

Tratamento definitivo

Distensões de Grau I e II são tratadas com modificação das atividades para aliviar a dor e um programa agressivo de fortalecimento muscular, enfatizando o quadríceps e os músculos posteriores laterais da coxa (bíceps femoral).

Como a extensão ativa total do joelho frequentemente coloca uma tensão dolorosa no ligamento, exercícios isométricos para o quadríceps devem ser realizados com frequência na posição de joelho dobrado.

 

Conclusão

A reabilitação da lesão do ligamento colateral lateral deve ser feita com cuidado, os exercícios devem ser programados para evitar a dor do aluno. Mas de forma geral é uma lesão simples de reabilitar, basta ter bom senso.

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